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22 de setembro de 2011

As crianças do piquenique


Meninas e meninos do piquenique perto de casa me fazem ter esperança na humanidade, me fazem lembrar aquelas crianças de uma aldeia Guarani que visitei em Bertioga.  Com a diferença que as mães daquelas ficam em silêncio durante muito tempo (e nós, por aqui, bem... gostamos de conversar).  As crianças não gritam, não chamam mãe nem pai, se distraem com qualquer bobeira desde que estejam ao ar livre e que possam correr. Os problemas, quando surgem, são resolvidos entre os pequenos sem ajuda de adultos.  - Esta pedrinha é minha. Então tó!  No geral, muito mais concordância que atritos. Um toco que balança tem o mesmo valor que um carrinho comprado. E, se a diversão pode ser compartilhada, melhor. Faz tempo que não tenho criança em casa, mas fico admirada de ver como as mães do piquenique ficam tranquilas com as crianças soltas, que passam o dia todo construindo estórias.  É claro que uma corda bamba, uma bola ou bicicletas incrementam as brincadeiras,  mas elas também se divertem com o pouco que a natureza sugere - subindo na grande figueira que faz as vezes de um castelo passível de ser invadido por inimigos imaginários  ou adotando galhos de árvores como varas de equilíbrio para andar na corda. De vez em quando um chama porque subiu alto demais e não consegue descer, mas o que se vê são mães e pais coletivos ajudando uma ou outra criança a ganhar confiança e equilíbrio nas atividades mais ousadas. Nenhuma criança ali parece ter saudade do sofá, do  vídeo game e do computador e, em se tratando de carinhas-pálidas,  é uma grande conquista destes pais piquiniqueiros. Mães também sabem se divertir trocando roupas - nosso bazar do desapego foi um sucesso e não envolveu dinheiro. 

21 de setembro de 2011

Piquenique de setembro de 2011


Já anunciando a primavera, o céu esteve azul iluminado durante todo o domingo, com temperatura oscilante entre bem quente ao meio dia e fresquinha no começo da noite. Desta vez as crianças se divertiram na corda bamba levada pela Priscila e os adultos, com o bazar do desapego incentivado pela Veronika. Quem tinha roupas e objetos para doar, levou pra praça. Quem quis, pegou. Foram momentos bem divertidos. Esta camisa está apertada. Ah, esta eu ganhei da minha mãe mas fica larga. Desta, eu cansei.  Ficou lindo em você. Adoro verde, eu quero. Poxa, este sapato é meu número. Eu não gosto do bico quadrado. Já eu adoro.  Para os homens teve livros, o consolo no meio da mulherada tagarela.

A comida é sempre farta. Fabiana e eu, sempre levamos pães. Eu, de abóbora com nozes. Ela, integral. A Veronika cozinhou batatas no caldo de carne louca, receita da Chus, e ficou uma delícia pra comer com gorgonzola. Aliás, Chus, que continua vegetariana como sempre, levou novamente sua carne louca, que prepara sem experimentar e sem nunca errar no tempero ou no ponto. Que fica boa com pão francês. Ana e Zé Antônio, meus vizinhos de muro, levaram pamonhas, banana caramelada e palitos de cana. A empregada da Lula deixou prontos uns pãezinhos de queijos tentadores. E teve ainda bolo de banana, bolo de chocolate, sanduichinhos de ovo, salada de trigo com amendoim (já dei a receita aqui), frutas, águas, sucos e boa conversa até o anoitecer.

13 de setembro de 2011

domingo.... vamos pra praça

antes do piquenique, já vou postar a receita do que vou levar. tem gente que chama de palha italiana. acho que é uma falsa palha italiana. quem me ensinou foi a cristina, mulher do peter, no casamento do meu irmão mais novo. cada vez que faço fica diferente. mas sempre dá certo.
é uma receita simples, feita a partir de comidas pré-prontas: leite condensado e bolacha maizena. não deve ser a coisa mais saudável do mundo, mas que é bom, é.

unte com manteiga uma assadeira ou um prato raso grande. reserve.

triture um pacote de bolacha maizena, ponha num pote. acrescente às bolachas trituradas uma pitada de noz moscada ralada e um bago de cardamomo pilado. reserve.

ponha numa panela larga uma lata de leite condensado, duas colheres de sopa de cacau em pó, uma colher de sopa de manteiga, uma pitada de sal.
leve a panela ao fogo, mexendo sempre, para não grudar no fundo e não empelotar. é como no brigadeiro. deve-se mexer sempre, e quando aparecer o fundo, mas ainda estiver mais mole do que estaria se fosse para virar brigadeiro, desligue e jogue a mistura de bolacha e temperos na panela. mexa bem. derrame no prato untado.
espere amornar. jogue por cima um tanto de chocolate em pó. corte em quadrados e passe cada quadrado em mais chocolate em pó, para que os quadradinhos não fiquem grudentos.
estão prontos. as fotos virão depois.
as opiniões também.